Entrevista com Mad Hatters


Destaque da cena psytrance nacional, o projeto Mad Hatters chegou rapidamente ao palco dos principais eventos do país, com produções carregadas de groove e melodias bem elaboradas.


Criado em 2005 pelos produtores Dainel Younis e Enzio Abbruzzini, o projeto agora é responsabilidade apenas de Daniel (foto), que acaba de lançar seu primeiro EP digital pela Wired Music, “Dreams”.


Em entrevista exclusiva ao Psyte, Daniel contou detalhes sobre a saída de Enzio e também revelou quais serão os próximos lançamentos do projeto, o que inclui tracks em diversas compilações e o álbum de estréia do Mad Hatters, previsto para agosto de 2008.


Fale sobre as mudanças no projeto, com a recente saída do produtor Enzio Abbruzzini. Quais os motivos e qual será o futuro do projeto?

Daniel: Na verdade não houve mudanças no projeto em si, pois o Mad Hatters continuará com a mesma intensidade e o mesmo estilo de antes. A saída do Enzio foi uma opção dele, pois ele achou que não estava se dedicando o suficiente e resolveu abandonar o projeto; mas a nossa amizade continua a mesma. O futuro do projeto é uma coisa com que me preocupo muito, por isso dedico todos os meus dias ao Mad Hatters, e tento cada vez mais aprimorar o que faço. O resto virá com o fruto de meu trabalho, e o reconhecimento do público.


O Mad Hatters já lançou produções em diferentes compilações de psytrance, inclusive algumas parcerias com outros projetos. Quais foram os últimos lançamentos e quando pretende lançar o primeiro álbum do Mad Hatters?

Daniel: Atualmente lancei no Beatport um EP digital pela Wired Music chamado “Dreams”, que contém um release de produção minha, track que dá nome ao EP; um remix de “Studiotan” (Earthling vs. Poli), e um remix com Cosmonet (“Intelect” Remix 2007). Será lançada ainda este ano uma compilação digital pela Wired Music com duas tracks, uma em parceria com Earthling (“Pop Smokers”), e outra de produção própria chamada “Blade Runner”. Já pela Spun Records, na compilação do Poli, lançarei um remix do GMS (“Animatrix” Mad Hatters Remix). Lançarei uma parceria com Hujaboy e Shanti (“El Rancheros”), esta pela Próton Records. Já no CD do Life Style, foi lançado um remix da track “Wada Fuck” (Mad Hatters, Life Style e Cosmonet), feito pelo produtor Joti Sidhu. O CD do Mad Hatters está previsto para agosto de 2008.


Algumas músicas do Mad Hatters são pesadas e intensas, outras mais alegres e melódicas. Como definir o estilo do projeto, as referências estão mais para “morning” ou “night” trance?

Daniel: Acho difícil classificar o estilo do Mad Hatters como “morning” ou “night”. Isto depende do momento em que estou sentado no estúdio produzindo; mas o live é bem eclético, com influências do techno e também um pouco de progressivo.


O Mad Hatters já se apresentou nos principais palcos do Brasil. Alguma vez vocês tocaram no exterior? Pretende realizar alguma turnê internacional?

Daniel: Sim. Toquei no México em novembro do ano passado, foi uma experiência bem interessante, mas nada comparado ao Brasil. Também farei outra turnê em fevereiro no Japão, para a apresentação do meu novo live, com todas as novas tracks mencionadas e algumas em que ainda estou trabalhando.


Com a explosão da música comercializada (e também baixada de graça) pela Internet, existe algum receio em vender músicas em formato digital?

Daniel: Não. Acho que a venda digital é o melhor caminho para diminuir a pirataria, e os downloads gratuitos de baixa resolução. A minha dica para aqueles que estão começando ou curtem o estilo, é de adquirirem músicas pela internet em sites como o Beatport, onde você pode ouvir o preview das tracks, compra-las por um valor relativamente baixo, e gravá-las em alta resolução em CD, incentivando assim a produção e a comercialização do gênero musical em todo o mundo.

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